segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CIBERCULTURA


O filósofo Pierry Levy afirma que “com o espaço cibernético temos uma ferramenta de comunicação muito diferente da mídia clássica, porque é nesse espaço que todas as mensagens se tornam interativas, ganham uma plasticidade e têm uma possibilidade de metamorfose imediata. E aí, a partir do momento que se tem o acesso a isso, cada pessoa pode se tornar uma emissora, o que obviamente não é o caso de uma mídia como a imprensa ou a televisão”.

A imagem do topo deste post confirma cada vírgula da afirmação de Levy. A partir do momento que o acesso ao cyberespaço for democratizado, mais pessoas se tornarão geradores de conteúdo, contribuindo com a consolidação da inteligência coletiva anunciada pelo filósofo.

O problema é que, mais do que ter acesso à rede, as pessoas precisam ser educadas para navegar na internet. Muita gente ainda apresenta problemas para ler conteúdos web, pois não conseguem enxergar as reentrâncias do sistema. Quem nunca escutou a frase: “Não confio em blogs!”. Não confia por dois motivos. Primeiro, não sabe ler. Se soubesse, não teria dificuldade de diferenciar conteúdos sérios de brincadeiras e ironias dos blogueiros.

Segundo, não sabe navegar. Hoje, através do Google, por exemplo, é muito fácil conseguir confirmar se uma informação é verdadeira ou não. “Navegar é preciso”, no entanto, o que a maioria ainda não aceita é que na internet também estão as imprecisões da vida. Não sabe viver = Não sabe aproveitar a web.

Muitos não estão preparados para ter um contato mais direto com essa vida posta na rede. Eles ainda precisam de uma mediação, com todos os seus ruídos e erros. Para esses, eu tenho um conselho: pare de ler sobre a vida dos mendigos na mídia, fale com o próprio mendigo. Agora, ele também é a mídia.


Fonte: http://www.numclique.net/mendigo-com-notebook-e-icone-da-cibercultura/


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