domingo, 11 de novembro de 2012

Formatos da Internet


Para se entender o que é Marketing Digital é importante conhecer, antes de tudo, alguns dos principais formatos utilizados na Internet. Através deles o usuário poderá ter acesso a páginas com informações e propagandas do seu interesse. Algumas delas, como veremos a seguir, são utilizadas como ferramentas do marketing para se obter informações e divulgar produtos e serviços que atendam aos interesses do público a que se destinam. Outras, por características próprias, não conseguem atingir estes anseios. Vejamos então:

  • Banner: criados e localizados em sua maioria na parte superior das páginas web, são retângulos utilizados como anúncios e podem ser estáticos, animados, interativos ou HTML. Também podem ser utilizados como links para outras páginas ou sites.

  • Half Banner: é o mesmo Banner retangular, porém tem a metade do tamanho de um Banner normal.

  • Banner Expansível: quando clicado ou quando o ponteiro do mouse é posicionado sobre este tipo de Banner, seu tamanho é aumentado e exibe mais do seu conteúdo.

  • Spam: o que deveria ser um marketing eficaz via e-mail, é um tipo de anúncio que costuma trazer bastante constrangimento, pois não é direcionado a um público-alvo específico, o que gera um mal-estar na comunidade on-line.

  • Scrap coletivo (Orkut): através de alguns sites é possível enviar mensagens coletivas com anúncios para os profiles da comunidade Orkut.

  • Profiles (Orkut): no início, eram criados para exibir o perfil do usuário da comunidade Orkut, mas atualmente também são utilizados para exibir o perfil de empresas ou para anunciar produtos e/ou serviços.

  • Botões: o Botão é um tipo de anúncio Banner de pequenas dimensões que pode ter inúmeras funções tais como ser um atalho para outras páginas do mesmo site ou sites diferentes e para fazer o download de softwares e arquivos não importa o formato. Diferentemente de um Banner retangular pode ser colocado em qualquer local da página.

  • Liks de texto: textos que exibem o anúncio de patrocinadores. Um bom exemplo são os anúncios que surgem após os resultados de sites de busca. Diferentemente de botões animados e Banners, são facilmente carregados e, por esse motivo, uma boa opção para sites a serem carregados em conexões de baixa taxa de transferência.

  • Po-pup: exibido em uma janela diferente, o pop-up é um anúncio que costuma ser bastante indesejável para o usuário. Por esse motivo, não é difícil encontrar navegadores que trazem bloqueador de pop-ups. Por causa da evolução dos navegadores, eles se tornaram mais sofisticados o que proporciona ainda mais insatisfação aos usuários.

  • E-mail marketing: o e-mail marketing é uma boa opção para os empreendedores que querem manter um bom relacionamento com os seus clientes. Através do e-mail newsletter é possível aumentar o sucesso de um negócio pela Internet e os principais motivos que levam a esse sucesso são os seguintes: agilidade, mensurabilidade, interatividade e alta taxa de resposta. Para que um e-mail marketing seja implantado é necessário seguir as seguintes etapas: montar a infra-estrutura, montar as listas de e-mails, adquirir software de envio, criar conteúdo de qualidade e fazer acompanhamento do e-mail marketing.

  • Newsletter: como foi dito anteriormente, a newsletter faz parte do e-mail marketing e é a sua principal ferramenta. É um tipo de e-mail que é enviado com periodicidade para usuários e clientes de uma empresa. Tem como função manter o nome da empresa na mente dos clientes e, ao mesmo tempo, mostrar o caminho para o site da empresa através de links. Conseguir o sucesso com o seu uso não é uma tarefa tão simples, é preciso que o público a que o e-mail se destina seja bem seguimentado e, ao mesmo tempo, deve trazer informações necessárias de produtos e serviços que possam satisfazer as suas necessidades para se evitar constrangimentos

  • Floating: o floating é um tipo de anúncio que é exibido em uma pequena janela que flutua sobre a página exibida. Tanto podem ser simples e não ter nada haver com a página exibida como pode fazer parte da linha criativa da mesma. Alguns podem ser bastante interativos e trazer efeitos equivalentes aos do banner expansível que tem suas dimensões modificadas quando se clica ou posiciona-se o ponteiro do mouse sobre ele.

  • Lateral: esse anúncio é semelhante às faixas de publicidade e aos banners com a diferença de que são exibidos na vertical em vez da posição horizontal. Por esse motivo, pode chegar a ter 600 pixels de altura e 120 de largura. O seu impacto pode ser maior do que o de um banner pelos seguintes motivos: suas dimensões são duas ou três vezes maior do que um banner comum e o usuário tem acesso a mais conteúdo a medida que desloca o botão de rolagem da página web (ZEFF & ARONSON, 2000).
Autor: Emmanuel França

MARKETING DIGITAL



É importante salientar que ter um site para comercializar produtos não é algo simples. É necessário seguir inúmeras etapas desde o planejamento e criação até a manutenção e atualização das informações disponíveis aos clientes ativos e em potencial, pois, caso contrário, não despertará o interesse e confiança do seu público-alvo assim como o seu retorno. Ou seja, por se tratar de mais uma forma de propagar produtos e serviços deve ser divulgada e pesquisas serão necessárias para se entender às necessidades e desejos dos consumidores. Isso pode ser feito através de meios de comunicação como jornais, revistas, rádio, televisão, catálogos e até mesmo pela própria Internet em ferramentas ou formatos como o banner, e-mail, entre outros que veremos a seguir. (ZIANE & BIANCHI, 2004).

Por: Emmanuel França

O Letramento Midiático e as propagandas institucionais



Como o que estamos discutindo aqui é a capacidade de letramento midiático da TV evidenciaremos apenas o impacto de campanhas publicitárias de caráter institucional como forma de informar e conscientizar as pessoas para causas sociais.
A propaganda institucional pode ou não ser bem administrada. Quando bem intencionada por empresas tem objetivos que visam um melhoramento e crescimento da comunidade através de ações diferenciadas e estratégias de responsabilidade social. Esses melhoramentos se dão em relação à cultura, educação e/ou preservação ambiental. Claro que as empresas agem desta forma para melhorar a própria imagem em relação as concorrentes e que indiretamente este tipo de atitude traz benefícios financeiros a longo prazo quando o consumidor se deparar com outras marcas. Ou seja, a propaganda institucional é mais uma das ferramentas do marketing. Mesmo assim, deve ser utilizada levando em consideração certos princípios como a ética para não menosprezar a capacidade de análise do público em questão e, desta forma, permitir que essas pessoas possam decidir quais são as empresas que realmente trabalham em prol dos interesses sociais da população. Percebe-se que esta prática, quando positiva, tem a função de não só aumentar a lucratividade a longo prazo, mas também de agregar valores subjetivos à marca e conseqüentemente garantir mais credibilidade. É óbvio que se trata de uma prática de interesse, mas entre uma organização com práticas que visam à melhoria de setores da sociedade e outra que não age da mesma maneira é preferível optar por esta última. Se o letramento midiático não é apenas uma forma de organizar as ações com base na escrita, pois, além disso, é um fenômeno muito mais social do que individual, é perceptível que a TV cumpre bem o seu papel neste sentido.


A discussão que se faz no Brasil sobre o letramento tem se guiado, em geral, pelo conceito de escrita como uma tecnologia e pelo de letramento como o impacto social da escrita (Tfouni 1988, Kleiman 1995, Terzi 1995, Marcuschi  2001, Soares 1998).  A discussão leva em consideração os usos sociais da leitura e da escrita e a correlação deles com a fala letrada (cf. Rojo 1994), focalizando eventos e práticas informadas pela escrita.  O letramento é entendido como uma concepção de mundo, um modo de organizar ações com base na escrita. Nesse sentido, o letramento é entendido muito mais como um fenômeno social do que individual, muito embora se revele nas ações individuais . (LINO DE ARAÚJO, 2007, p. 2).


 Compreende-se que até hoje pouco se discutiu a respeito deste tema, mas é inevitável a necessidade de entender se a TV aberta é ou não educativa e se este é o seu papel.
Segundo Araújo (2007), embora a função deste meio de comunicação não seja educar e tão pouco letrar de forma direta é preciso reconhecer que a mesma tem tido um papel importante quando se trata do letramento em curso no nosso país.
Ainda segundo a autora, pesquisas constataram que a televisão realmente é uma instância de letramento e que tem uma forte influência na formação intelectual de pessoas influentes.
Se a televisão tem esse poder em relação a pessoas com um nível intelectual considerável não é difícil imaginar qual a sua influência em relação a maior parte da população que, muitas vezes, tem a TV como único instrumento para aquisição de conhecimento. Ou seja, mesmo uma pessoa analfabeta sabe o que acontece no país e no mundo graças à televisão.
Como sabemos, quanto menor o nível intelectual de uma pessoa, maior será o impacto da publicidade e da propaganda, ou seja, maior será o seu poder de persuasão.

Trata-se (...) de um fenômeno cultural recente que está relacionado à consolidação da mídia como instância de divulgação de informação, entretenimento e ‘ensino’. Assim sendo, creio que o letramento não é apenas o impacto da escrita, mas é o impacto da supervalorização de informações e da conseqüente necessidade de fazê-las circular.  Nesse sentido, não está relacionado apenas às práticas de escrita, mas às outras práticas que também registram informações e as fazem circular. Uma dessas práticas é registrar eventos em imagem e som.  Este tipo de letramento consolida o fenômeno como plural (LINO DE ARAÚJO, 2007, p. 5).


Por se tratar de um meio de comunicação audiovisual, o que torna a televisão bastante atrativa quando comparada com o livro, por exemplo, tem um poder e uma capacidade de impactar e chamar a atenção para a informação bastante significativo. Mas é preciso salientar que isso só é possível graças à escrita, pois existe uma grande dependência e ligação com os meios impressos.


Se a televisão põe em funcionamento todo um sistema discursivo, tornando-o ainda mais eficiente porque o associa ao sistema imagético e tem como resultado um produto sensorial provavelmente nunca dantes visto, é forçoso reconhecer que este sistema discursivo não se estabelece numa inocente solicitude. Persegue o propósito da ‘colonização’, e o faz a partir da perspectiva da cultura letrada para a qual os modos de pensar, de agir, de organizar a sociedade, as relações comerciais, jurídicas, religiosas e escolares, entre outras, estão marcadas pela lógica da escrita (LINO DE ARAÚJO, 2007, p. 5).


Percebe-se que existe uma forte ligação e dependência das mídias eletrônicas em relação à escrita, que é parte central e sem ela seria impossível a existência de qualquer tipo de informação e conhecimento através de outros meios de comunicação como é o caso da televisão.

LETRAMENTO MIDIÁTICO: UMA EVOLUÇÃO EM CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS

Emmanuel França SILVA (Faculdade do Vale do Ipojuca – FAVIP)
Orientadora: Eliete Correia dos SANTOS (Universidade Estadual da Paraíba - UEPB)

Conceito semiótico: signo



Para Peirce, um signo, também conhecido como representamen, é algo que, sob certo aspecto e medida, representa alguma coisa para alguém, que, neste caso, é o receptor que veremos mais adiante de forma detalhada.
A comunicação só é possível graças ao signo que é a unidade fundamental da comunicação, o suporte e veículo de todas as formas de comunicação. Quando queremos nos comunicar, transmitir uma idéia para alguém, se faz necessário traduzir essa idéia em signos.
As palavras, por exemplo, são signos convencionados ao longo da história com a função de representar objetos reais. Sem as palavras, seria impossível transmitir uma mensagem do tipo um maremoto gerou uma Tsuname (onda gigante) que atingiu algumas cidades litorâneas. Ou seja, para isso teríamos que repetir a mesma situação como forma de transmitir a idéia desejada. Isso não significa que apenas as palavras são signos, pois essa definição vai muito mais além do que podemos imaginar. Uma fotografia, por exemplo, passa a ser um signo a partir do momento que ela representa algo que não é ela mesma. Mas é preciso deixar claro que jamais um signo conseguirá representar o seu objeto real em todas as suas características, ou seja, essa representação das características do objeto que ela representa é sempre limitada.
Quando um indivíduo está diante de um primeiro signo, o signo criará na mente (ou semiose) dessa pessoa (receptor) um outro signo equivalente a si mesmo ou, eventualmente, um outro signo mais desenvolvido que  recebe a designação de interpretante (que não é o interprete ou receptor). A coisa representada, a qual o signo está no lugar, recebe a designação de objeto. Os signos, dependendo da relação estabelecida com os objetos que substituem ou representam podem ser ícones, índices ou símbolos.
Essa relação triádica de signo formada a partir dessas três entidades, ou seja, da relação estabelecida entre o signo, seu objeto e aquilo que o signo representa pode ser ilustrada através do triângulo semiótico, cuja finalidade é visualizar a estrutura do signo.

Autor: Emmanuel França

Retirado do Artigo: “VIVA O LADO COCA-COLA DAS CONQUISTAS": UM ESTUDO SEMIÓTICO

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Conceito semiótico: Código/Mensagem




Enquanto o código é um sistema de signos convencionais cuja finalidade é ditar as regras de uso e como as mensagens são organizadas, a mensagem limita-se a um conjunto ordenado de signos através de um determinado código cujo fim é a comunicação.
Como exemplos de códigos, temos as diferentes línguas faladas pelas nações ao longo do globo, sendo essas linguagens apenas uma parte da linguagem verbal que é muito mais ampla que o código, ou seja, diferentemente das diversas línguas existentes tomadas isoladamente.
Os códigos são convencionados com a finalidade de criar e decifrar mensagens. Outros exemplos de códigos são o Morse, o icônico, etc.
Portanto, só somos capazes de compreender determinadas mensagens ou estabelecer comunicação, não importa qual seja sua origem, quando dominamos em comum o código utilizado. Por exemplo, os surdos e mudos só conseguem se comunicar porque dominam um código gestual e o que acontece geralmente é que a maior parte das pessoas que possuem todos os sentidos não são capazes de interpretar as mensagens transmitidas através dos gestos por não dominarem o código gestual utilizado pelos mesmos.

Autor: Emmanuel França

Retirado do Artigo: “VIVA O LADO COCA-COLA DAS CONQUISTAS": UM ESTUDO SEMIÓTICO

Conceito semiótico: Linguagem



A linguagem, criada pelos homens, é um sistema de signos cuja finalidade é possibilitar a comunicação entre os indivíduos.
Para que essa comunicação seja possível é necessário que compreendamos os tipos de linguagens e as possibilidades de combinações como principais requisitos para um correto entendimento ou leitura semiótica dos diferentes tipos de mensagem.
Portanto, a função da Semiótica é estudar como se constituem as linguagens, a ação dos signos nos diferentes tipos de linguagem, a maneira a qual nos comunicamos e como essa comunicação pode ser aprimorada. Como exemplo, podemos citar a linguagem verbal, formada por palavras que podem ser utilizadas nas formas oral e escrita. Os signos deste tipo de linguagem são as palavras, convencionadas ao longo da história, que formam mensagens através dos signos verbais, sejam elas faladas ou escritas.
É importante salientar que os meios de comunicação podem utilizar-se de um ou mais tipos de linguagem. Por exemplo, enquanto o rádio utiliza-se das linguagens verbal e sonora, a televisão, além de utilizar-se dessas duas, utiliza-se da linguagem visual e esse acréscimo é responsável ou determina a possibilidade de diferentes leituras e interações com os telespectadores.

Autor: Emmanuel França

Retirado do Artigo: “VIVA O LADO COCA-COLA DAS CONQUISTAS": UM ESTUDO SEMIÓTICO

Somos bombardeados por diversos tipos de linguagens




De acordo com Santaella (2001), o fato da língua ser tida como meio de comunicação e forma de linguagem exclusiva é fruto de um condicionamento histórico que nos levou a crer que as únicas formas de conhecimento e de saber capazes de interpretar o mundo são, obrigatoriamente, veiculadas pela língua, cuja manifestação se dá através da linguagem verbal e escrita.
Acreditar nisso é limitar-se a interpretações ínfimas diante de uma realidade que nos traz um maravilhoso número de significados a serem explorados.

Portanto, quando dizemos linguagem, queremos nos referir a uma gama incrivelmente intricada de formas sociais de comunicação e de significação que inclui a linguagem verbal articulada, mas absorve também, inclusive, a linguagem dos surdos-mudos, o sistema codificado da moda, da culinária e tantos outros. Enfim: todos os sistemas de produção de sentido aos quais o desenvolvimento dos meios de reprodução de linguagem propiciam hoje uma enorme difusão. (SANTAELLA, 2001, p. 12). Grifo nosso.

Segundo essa autora, o campo de investigação da Semiótica é tão vasto que chega a abranger até mesmo o que chamamos de vida. Hoje, sabemos que a vida só é possível graças a dois ingredientes fundamentais: a energia, responsável pelos processos dinâmicos, e a informação, que comanda, controla, ordena, reproduz e, eventualmente, modifica e adapta o uso da energia. Ou seja, a vida se deve graças a essa linguagem encontrada no DNA, que é um compartimento armazenador da informação.
É importante lembrar que com o advento da Revolução Industrial e com o avanço tecnológico alcançado ao longo do século passado e que se desenvolve em uma crescente cada vez mais intensa temos inevitavelmente uma maior difusão dos diversos tipos de linguagem que chegam as nossas casas com mensagens, muitas vezes filtrados e condicionados por valores sociais dos proprietários dos meios de produção de linguagens, cuja pretensão é moldar a nossa forma de agir e de pensar.

Autor: Emmanuel França

Retirado do Artigo: “VIVA O LADO COCA-COLA DAS CONQUISTAS": UM ESTUDO SEMIÓTICO

Definição ou incitação da Ciência Semiótica

O mais provável antes de tratarmos dos diversos conceitos desta nova ciência chamada semiótica seria darmos uma definição da mesma, mas, ao invés disso, preferimos expor a resposta da autora e estudiosa desta ciência Lúcia Santaella quando perguntada a respeito deste conceito por um aluno curioso durante um determinado seminário:

Quando alguma coisa se apresenta em estado nascente, ela costuma ser frágil e delicada, campo aberto a muitas possibilidades ainda não inteiramente consumadas e consumidas. Esse é justamente o caso da Semiótica: algo nascendo e em processo de crescimento. Esse algo é uma ciência, um território do saber e do conhecimento ainda não sedimentado, indagações e investigações em progresso.
Um processo como tal não pode ser traduzido em uma única definição cabal (...) Toda definição acabada é uma espécie de morte, porque, sendo fechada, mata justo a inquietação e curiosidade que nos impulsionam para as coisas que, vivas, palpitam e pulsam. (SANTAELLA, 2001, p. 08). Grifo nosso.

Sabiamente, a estudiosa procurou não dá uma definição fechada a Semiótica sob risco de tornar o conceito algo não abrangente quando, na realidade, a Semiótica está aberta a inúmeras possibilidades.
Esta ciência, sem dúvidas, tem um poder de nos fornecer ferramentas ainda mais eficazes com a finalidade de nos abrir ainda mais a possibilidade de percebermos e traduzirmos as inúmeras linguagens (ou informações) as quais nos bombardeiam a cada segundo e que, infelizmente, em muitos casos, deixamos escapar o entendimento de inúmeras delas.


Autor: Emmanuel França

Retirado do Artigo: “VIVA O LADO COCA-COLA DAS CONQUISTAS": UM ESTUDO SEMIÓTICO


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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

VERGONHOSA PROGRAMAÇÂO DA REDE GLOBO: BBB


Bom dia a todos,

O texto abaixo está circulando pelo Brasil através de e-mails. Achei muito útil e aproveitei para publicar aqui no Blog:


A humildade é a única base sólida de todas as virtudes. Confúcio
"Se cada um fizer a sua parte em reenviar estarei satisfeito"

Luis Fernando Veríssimo
É cronista e escritor brasileiro

O olhar de Verissimo sobre o BBB


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.


Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas
, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados .

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas
pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$ $ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.
Esta crônica está sendo divulgada pela internet a milhões de e-mails.